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Em Jundiaí, 7% da população têm alguma deficiência

No dia 3 de dezembro foi comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e, no dia 5, o Dia da Acessibilidade. São duas datas importantes para a conscientização e importância de garantir acessibilidade e autonomia às PCDs.

Em Jundiaí, de acordo com dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) de 2021, são 28.889 pessoas com deficiência, ou seja, 7% da população, sendo a mais representativa desse quadro a deficiência visual, com 11.132 pessoas.

Segundo a base de dados da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a cidade tem 8.541 pessoas com deficiência motora, 4.682 pessoas com deficiência intelectual e 4.535 pessoas com deficiência auditiva.

ACESSIBILIDADE
Magda Souza Carvalho de Oliveira é mãe da pequena Manu, de 7 anos, deficiente visual. "Jundiaí é uma cidade complicada de andar para quem tem alguma deficiência. A questão das calçadas, semáforo sonoro, as pessoas também precisam ser mais conscientes, pois não respeitam vagas especiais. A dificuldade que ela mais encontra é em caminhar na rua, subir e descer do ônibus. Para mim também é difícil, pois vejo a dificuldade e preciso trabalhar isso antes de chegar nela, mas na maioria das vezes ela percebe e me questiona o porquê das pessoas não se preocuparem", diz a mãe.

Também deficiente visual e psicólogo do Instituto Luiz Braille, Gilson Modesto, de 53 anos, relata que Jundiaí tem pontos acessíveis, mas ainda faltam recursos em locais com grande fluxo de pessoas. "Tem pontos da cidade com semáforos sonoros e pisos tátil, o que é ótimo para conseguir se locomover com facilidade. Porém, tem locais que não tem nenhuma acessibilidade e precisam muito, como nos terminais de ônibus e estação de trem", conta.

O psicólogo faz o uso do transporte público diariamente e também informa que em dias de chuva é difícil andar nas calçadas, devido aos buracos e poças de água. "Muitas vezes preciso me virar sozinho, e sem o piso tátil nas ruas é complicado. Por isso temos que estar sempre pedindo e cobrando a prefeitura por melhorias, para não dependermos de terceiros", completa Modesto.

Em alguns casos, uma pessoa com deficiência só consegue ter acesso aos espaços físicos se estes ambientes forem acessíveis e não apresentarem barreiras que as impeçam de realizar as atividades. De acordo com o Assessor de Políticas para Pessoas com Deficiência, Marco Antonio dos Santos, Jundiaí mantém investimentos direcionados para uma cidade boa para todos.

"Entre os problemas mais comuns para a locomoção de pessoas com ou sem deficiências pelas calçadas, estão pisos irregulares, desníveis e obstruções no meio da calçada. Além de dificultar ou mesmo impedir a livre circulação de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, como idosos, cadeirantes, por exemplo, as calçadas com buracos e desníveis também representam risco de acidentes para a população. Porém, Jundiaí vem fazendo seu dever de casa e incluiu no Código de Obras a regulamentação da acessibilidade nos passeios públicos, o que, a médio e longo prazos, trará benefícios a todos os cidadãos", relata o assessor.

Na semana passada, a Prefeitura de Jundiaí recebeu, por meio do programa Cidade Acessível do Governo do Estado, cinco vans adaptadas, um investimento de R$ 1,7 milhão. Os veículos são equipados para o transporte de pessoas com deficiência e comportam até três pacientes e quatro acompanhantes.

DEFICIÊNCIA VISUAL
Segundo a assistente social do Instituto Jundiaiense Luiz Braille, Viviane de Cassia dos Santos, o órgão tem o objetivo habilitar e reabilitar deficientes visuais portadores de deficiência visual ou com baixa visão, tornando-os independentes e promover sua integração à sociedade. "Hoje temos em média 160 assistidos na reabilitação, que passam por fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, orientação e mobilidade, entre outros serviços essenciais para a integração."

"Atendemos diariamente pessoas de todas as idades, desde a cegueira total até a baixa visão, trabalhando as dificuldades e habilitando-os para serem independentes", informa a assistente social.

Fonte: https://sampi.net.br/jundiai/noticias/2675511/jundiai/2022/12/em-jundiai-7-da-populacao-tem-alguma-deficiencia